Glandes interpretações
Glande ou bolota
Em latim: Glans
Glande ou cabeça, do pénis
Glande ou cabeça, do clítoris
O carácter fálico dos menires tem sido interpretado com base na suposta presença, em alguns deles (sobretudo, no Algarve, mas não só) de representações da GLANDE.
O menir do padrão (na imagem acima), sugere, de forma bastante sugestiva, uma figuração da glande.
Na verdade, as ditas "glandes" podem corresponder apenas a representações esquemáticas da cabeça, em figuras de carácter antropomórfico.
Porém, a língua portuguesa (ou inglesa) (ou francesa) reforça esta ambiguidade semântica: na linguagem corrente, a glande peniana (ou clitoriana) é igualmente designada por "cabeça".
O corpo humano é a medida de todas as coisas:
- o parafuso tem cabeça
(anedota a propósito, ou talvez não:
Diz a porca para o parafuso:
-Meu parafuso
Este responde:
- Minha porca...)
- o fósforo tem cabeça
(anedota a propósito, ou talvez não:
Diz fósforo para a caixa:
- Ai filha, cada vez que passo por ti, perco a cabeça)
-as paisagens têm cabeços
- na verdade, qualquer coisa (como, por exemplo este post) pode ser "sem pés nem cabeça"
Complemento poético:
Salve, falo sagrado,
Erecto na planura
Ajoelhada!
Quente e alada
Tesura De granito,
Que, da terra emprenhada,
Emprenhas o infinito!
Miguel Torga
SONETO DO PAU DECIFRADO
É pau, e rei dos paus, não marmeleiro,
Bem que duas gamboas lhe lobrigo;
Dá leite, sem ser árvore de figo,
Da glande o fruto tem, sem ser sobreiro:
Verga, e não quebra, como zambujeiro;
Oco, qual sabugueiro tem o umbigo;
Brando às vezes, qual vime, está consigo;
Outras vezes mais rijo que um pinheiro:
À roda da raiz produz carqueja:
Todo o resto do tronco é calvo e nu;
Nem cedro, nem pau-santo mais negreja!
Para carvalho ser falta-lhe um U; [carualho]
Adivinhem agora que pau seja,
E quem adivinhar meta-o no cu.
Bocage
Em latim: Glans
Glande ou cabeça, do pénis
Glande ou cabeça, do clítoris
O carácter fálico dos menires tem sido interpretado com base na suposta presença, em alguns deles (sobretudo, no Algarve, mas não só) de representações da GLANDE.
O menir do padrão (na imagem acima), sugere, de forma bastante sugestiva, uma figuração da glande.
Na verdade, as ditas "glandes" podem corresponder apenas a representações esquemáticas da cabeça, em figuras de carácter antropomórfico.
Porém, a língua portuguesa (ou inglesa) (ou francesa) reforça esta ambiguidade semântica: na linguagem corrente, a glande peniana (ou clitoriana) é igualmente designada por "cabeça".
O corpo humano é a medida de todas as coisas:
- o parafuso tem cabeça
(anedota a propósito, ou talvez não:
Diz a porca para o parafuso:
-Meu parafuso
Este responde:
- Minha porca...)
- o fósforo tem cabeça
(anedota a propósito, ou talvez não:
Diz fósforo para a caixa:
- Ai filha, cada vez que passo por ti, perco a cabeça)
-as paisagens têm cabeços
- na verdade, qualquer coisa (como, por exemplo este post) pode ser "sem pés nem cabeça"
Complemento poético:
Salve, falo sagrado,
Erecto na planura
Ajoelhada!
Quente e alada
Tesura De granito,
Que, da terra emprenhada,
Emprenhas o infinito!
Miguel Torga
SONETO DO PAU DECIFRADO
É pau, e rei dos paus, não marmeleiro,
Bem que duas gamboas lhe lobrigo;
Dá leite, sem ser árvore de figo,
Da glande o fruto tem, sem ser sobreiro:
Verga, e não quebra, como zambujeiro;
Oco, qual sabugueiro tem o umbigo;
Brando às vezes, qual vime, está consigo;
Outras vezes mais rijo que um pinheiro:
À roda da raiz produz carqueja:
Todo o resto do tronco é calvo e nu;
Nem cedro, nem pau-santo mais negreja!
Para carvalho ser falta-lhe um U; [carualho]
Adivinhem agora que pau seja,
E quem adivinhar meta-o no cu.
Bocage
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