Engenheiros neolíticos

Os grandes menires foram implantados na vertical

e tombaram todos 

Para implantar os menires era aberto um alvéolo assimétrico, vertical num lado e, em rampa, no outro.

O bloco era descido pela rampa e erguido contra a parede vertical do alvéolo. O menir era calçado com blocos de pequena e média dimensão e terra.

Ereção

Esquema do processo de ereçáo de menires. 

Colapso

Esquema do processo de derrocada dos menires.  Os monólitos tombaram sempre, nos casos em que o processo pode ser reconstituido, para o lado da rampa.

Vale Maria do Meio, antes e depois do restauro.

Barrocal

Caeira

Casbarra

Sideral

S. Sebastiáo, no final da escavaçáo.

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S. Sebastião. Plantas da escavaçáo do menir 1. O menir tombou sobre o empedrado.

Plantas da escavação do menir do Tojal. 

Antas: 

apesar da inclinação dos esteios (ou graças a isso) sobreviveram de pé, às centenas.

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A análise sumária das imagens acima apresentadas, permite concluir:

1. A inclinação dos esteios é a norma, nas antas da região. Os mais inclinados são normalmente os dois esteios que delimitam a entrada na câmara.

2. Os esteios da camara são, na maioria dos casos, os ultimos sobreviventes, tendo superado, sem danos aparentes, a perda das mamoas.

3. Os corredores foram as principais vítimas do saque das lajes. 

4. Nas camaras, esteios amputados mas não tombados, são frequentes. Fraturados por mão humana ou, como aconteceu no esteio C2, da AGZ, são fraturas antigas, por flexáo, devidas eventualmente ao peso da mamoa e à pressão exercida pelo esteio adjacente (C1)

Porque razão os esteios inclinados não tombaram e os menires verticais, não resistiram?

 

Esquema de implantaçáo do esteio de uma anta

Inclinados para o lado oposto à rampa, com um enchimento do alvéolo em contraforte (contrapeso), reforçado pela mamoa, os esteios só podem tombar se forem descalços no exterior, o que pode acontecer em antas cujo espaço exterior sofreu forte erosáo, ficando o monumento exento, em ilha. 

Em contrapartida, num alvéolo escavado na rocha-máe, granítica, a pressão exterior, mais o peso próprio, podem resultar na fratura do bloco, por flexão, como aconteceu com o C2 na AGZ.

Se pusermos de lado a ação humana, podemos considerar que os principais pontos fracos na arquitectura das nossas antas foram as mamoas, de que, nos climas do Sul, poucas sobreviveram; os esteios ficaram expostos aos elementos, mas libertos de alguma sobrecarga. 

As lajes de cobertura fraturaram com muita frequencia. Na AGZ aconteceu com a da camara e as 2 primeiras do corredor.