O Cavalo-marinho



Um dos últimos posts do Rafael, Shaman's staff, no http://megaimages.blogspot.com/
suscitou-me alguns trocadilhos, meio a sério, meio a brincar.
A interpretação do báculo como um bastão com cabeça de cavalo, remetendo para práticas chamânicas e para um dos grandes temas da arte parietal paleolítica, é, sem dúvida, uma proposta a considerar.
Dando largas à imaginação, pensei no cavalo-marinho.
Desconheço dados sobre o uso simbólico do cavalo-marinho, na Pré-história, mas atendendo ao uso recorrente das conchas em contextos rituais (nos concheiros, na decoração cardial e, com muita frequência, em contextos neolíticos, mesmo em sítios de interior, como Juromenha 1 ou La Pijotilla), não surpreenderia se o cavalo-marinho tivesse tido algum papel simbólico nos mesmos contextos.
Na verdade, o Hippocampo (literalmente, cavalo-monstro) é um tema bem documentado na mitologia grega,com abundantes réplicas na arte ocidental.
http://divine.daresay.com/Art/Sculpture/BurningMan2002/Hippocampus.htm

Aproveitando a onda de divulgação das propostas do David Lewis-Williams, encetada pelo Rafael, e que partem, em boa parte da ideia de que as imagens da arte rupester estão "wired in the brain", não resisto ao trocadilho: na verdade, o hippocampus foi o nome dado, igualmente, a uma parte do cérebro.

Comments

O que nos leva a outra ideia. Lembremos os cavalos do Escoural.
Posso adiantar que não existe uma figura completa de cavalo, com cabeça e tronco, claramente representada.
Existem alguns dorsos, ambíguos e, existem diversas cabeças de cavalo.
Estranhas cabeças... fiquemos alerta.

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